Recrutamento para companhias aéreas: Certificações Necessárias para a Vaga

Recrutamento para companhias aéreas: Certificações Necessárias para a Vaga

O recrutamento para companhias aéreas é um processo rigoroso que exige dos candidatos a posse de certificações específicas e obrigatórias, regulamentadas principalmente pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) no Brasil. A obtenção dessas credenciais é o primeiro e mais fundamental passo para quem deseja ingressar nesse setor altamente regulamentado e competitivo. A JPeF Consultoria, especialista em recrutamento estratégico, compreende a importância de um processo de seleção que alinhe as qualificações dos candidatos com as exigências técnicas e legais do setor aéreo.
 
A Importância das Certificações no Recrutamento Aeronáutico
O setor aéreo opera sob um conjunto estrito de normas globais e nacionais, priorizando a segurança acima de tudo. Dessa forma, as companhias aéreas, ao buscar novos colaboradores, utilizam as certificações como um filtro inicial e indispensável em seus processos seletivos. Um processo de recrutamento e seleção eficiente na aviação deve garantir que todos os profissionais a bordo ou em terra estejam aptos a desempenhar suas funções em conformidade com a legislação vigente.
A posse do Certificado Médico Aeronáutico (CMA) e, subsequentemente, do Certificado de Habilitação Técnica (CHT) ou similar, não são meros diferenciais, mas sim pré-requisitos absolutos. Ignorar essa etapa pode comprometer seriamente as chances de um candidato, independentemente de outras qualificações, como formação acadêmica ou experiência anterior. As empresas buscam candidatos que já possuam essas habilitações, otimizando o recrutamento operacional e a integração dos novos talentos.
 
O Papel da ANAC e a Regulamentação Brasileira
No Brasil, a ANAC é o órgão responsável por homologar cursos, aplicar exames teóricos e emitir as licenças e certificações necessárias. Todo o arcabouço regulatório visa padronizar o conhecimento e as habilidades dos profissionais, garantindo a segurança de voo. A certificação da ANAC na aviação é, portanto, o selo de aprovação que valida a capacidade de um profissional atuar no meio aéreo.
As companhias aéreas utilizam essas diretrizes para criar o perfil da vaga, detalhando as certificações exigidas para cada função, desde a tripulação técnica (pilotos) e de cabine (comissários) até a manutenção de aeronaves e agentes de proteção da aviação civil (APACs).
 
Certificações Específicas por Posição
As certificações necessárias variam drasticamente dependendo da função pretendida. Abaixo, detalhamos as principais para as posições mais comuns:
 
1. Comissários de Voo (Flight Attendants)
Para os comissários, o caminho para a certificação é bem definido e obrigatório.
  • Curso Homologado: O primeiro passo é completar um curso teórico e prático em uma instituição de ensino homologada pela ANAC. Atualmente, os cursos são classificados como preparatórios, mas a aprovação no exame da ANAC é compulsória.
  • CMA (Certificado Médico Aeronáutico): É o atestado de aptidão física e mental para a função, obtido após uma bateria de exames em clínicas credenciadas pela ANAC. A validade do CMA varia com a idade do profissional.
  • CCT (Certificado de Conhecimentos Teóricos): A aprovação na prova teórica da ANAC resulta na emissão do CCT, que comprova o domínio dos conhecimentos necessários para a profissão.
  • CHT (Certificado de Habilitação Técnica): Após a contratação por uma companhia aérea, o candidato passa por um treinamento específico no tipo de aeronave que irá operar e um "cheque" (exame prático em voo) aplicado por um examinador credenciado. A aprovação neste cheque resulta na emissão da licença final, o CHT, que autoriza o exercício da profissão a bordo.
 
2. Pilotos (Tripulação Técnica)
Para os pilotos, as certificações são ainda mais estratificadas, categorizadas por classes e tipos de aeronaves:
  • CMA de 1ª Classe: Obrigatório para pilotos comerciais e de linha aérea. É o exame médico mais rigoroso e de revalidação anual para profissionais acima de 40 anos.
  • Licenças de Voo:
    • PP (Piloto Privado): Licença inicial, que permite voar, mas não comercialmente. Requer CMA de 2ª classe.
    • PC (Piloto Comercial): Licença necessária para ser remunerado pelo voo, exige CMA de 1ª classe e experiência de voo.
    • PLA (Piloto de Linha Aérea): O nível mais alto de licença, exigido para comandantes de aeronaves comerciais de grande porte.
  • Habilitação de Tipo (Type Rating): Certificação específica para um modelo ou série de aeronave (ex: Airbus A320, Boeing 737). As companhias aéreas geralmente fornecem esse treinamento após a contratação, mas candidatos com "type rating" em aeronaves comuns no mercado brasileiro possuem um diferencial competitivo.
 
3. Agentes de Aeroporto e Profissionais de Solo
Para funções em solo, os requisitos são diferentes, mas ainda incluem a necessidade de certificações específicas:
  • Agente de Aeroporto: Geralmente exige ensino médio completo. Cursos técnicos na área de aviação civil são um diferencial, focando em atendimento ao cliente, despacho e operações.
  • APAC (Agente de Proteção da Aviação Civil): O profissional responsável pela segurança aeroportuária necessita de certificação junto à ANAC, visando a emissão do CHS (Certificado de Habilitação em Segurança da Aviação Civil), após a conclusão do Curso Básico AVSEC/Agente de Proteção.
 
A Metodologia de Recrutamento e a JPeF Consultoria
O processo de seleção de profissionais para companhias aéreas é complexo e multifacetado, combinando a análise técnica das certificações com a avaliação de competências comportamentais e soft skills.
As empresas aéreas, em parceria com consultorias especializadas como a JPeF, utilizam metodologias e tecnologias para analisar currículos e perfis. O uso de sistemas de rastreamento de candidatos (ATS) é comum, o que significa que o currículo de um candidato deve conter as palavras-chave e certificações corretas para passar pelo filtro inicial.
 
Etapas do Recrutamento e a Validade das Certificações
  1. Filtro Inicial de Currículos: A primeira etapa é a verificação da posse do CMA válido e do CCT/Licença inicial. Currículos sem essas informações claras são frequentemente descartados. Saber escrever um CV que se destaque e usar as palavras-chave corretas no CV é vital.
  2. Testes Teóricos e de Idiomas: Candidatos pré-selecionados podem enfrentar provas técnicas, de conhecimentos gerais e de proficiência em idiomas.
  3. Dinâmicas e Entrevistas: Etapas cruciais para avaliar habilidades interpessoais, trabalho em equipe e resiliência. Um roteiro de entrevista bem planejado ajuda a identificar os candidatos com o perfil ideal para a cultura da empresa.
  4. Treinamento Específico e Cheque ANAC: Após a contratação, a companhia aérea investe no treinamento final e no "cheque" prático para a emissão do CHT.
 
Manutenção da Habilitação: Um Compromisso Contínuo
A obtenção do CHT não é o fim da jornada. A aviação exige treinamento contínuo e reciclagens anuais, que incluem novos cheques ANAC e revalidações do CMA. As companhias aéreas e os profissionais devem manter-se atualizados com as regulamentações em constante mudança.
A JPeF Consultoria pode auxiliar as empresas não apenas no recrutamento inicial, mas também na consultoria de recursos humanos para a gestão estratégica da equipe, garantindo que toda a equipe campeã mantenha suas habilitações em dia.
Em resumo, o recrutamento para companhias aéreas é um processo que exige dedicação e um investimento significativo em certificações. Para o candidato, a preparação começa muito antes de enviar o currículo. Estar em conformidade com as normas da ANAC é a chave mestra que abre as portas para uma carreira promissora nos céus.

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