O que os jovens esperam das empresas? | JPeF

O que os jovens esperam das empresas? | JPeF

A crise econômica provocou uma mudança no comportamento da chamada Geração Y. Esses jovens, que têm hoje entre 20 e quase 30 anos e que, em geral, possuem grandes conhecimentos em tecnologia, davam dores de cabeça aos RHs com um, até então, desapego por rotinas e, principalmente, pela permanência por longos períodos no mesmo trabalho. A recessão e o fim do “emprego pleno” fez com que dessem mais valor às empresas que lhe oferecem oportunidades. Porém, o descontentamento com o modelo corporativo tradicional permanece neles o que, para a empresa, pode resultar na perda de talentos. Como reverter isso?

Mais do que uma característica dessa geração, a ansiedade é uma das marcas da juventude. Os Y e os Z, geração que reúne os nascidos entre 1990 e 1999, querem respostas rápidas. Nesse sentido, gestores e RH devem dar feedbacks constantes sobre o desempenho profissional bem como sobre as possibilidades que esses jovens têm para empregar seus conhecimentos sobre tecnologia ou outros que possuam no trabalho.

Nota-se que é necessário conhecer esses jovens que, por mais cedo que tenham ingressado no mercado de trabalho, ainda estão pouco familiarizados com a vida corporativa. Portanto, é necessário que o trato possua, em níveis adequados, alguma informalidade. É preciso entender também que a inquietação resultará no anseio por ter trânsito por diferentes departamentos. Cabe aos gestores identificar seus potenciais e dar oportunidades para que sejam desenvolvidos dentro da organização.

Essa é uma estratégia que possibilita às empresas reter jovens talentos em seus quadros. Diferente de seus pais, eles não anseiam permanecer longos períodos em uma corporação para se tornarem chefes. Muitos sequer têm interesse em chegar ao topo da hierarquia. O que desejam é que seu trabalho faça sentido e que surjam novos desafios que possibilitem o emprego de seus conhecimentos. As novas gerações se caracterizam principalmente pelo imediatismo e conexão permanente, o que as torna, ao mesmo tempo, sem paciência e dinâmicas. As empresas que abrem espaço para atuação de profissionais com esse perfil têm maiores chances de se manterem inovadoras e adaptadas às cada vez mais frequentes mudanças que os novos tempos trazem.

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