A quarta revolução industrial e seus impactos no mercado de trabalho

A quarta revolução industrial e seus impactos no mercado de trabalho

Embora ainda se trate de um conceito algo distante da realidade brasileira, uma grande mudança está em curso no mundo e afetará significativamente a economia e o mercado de trabalho de vários países e, conforme especialistas, o Brasil será um dos mais impactados. Trata-se da Quarta Revolução Industrial, em que robôs, inteligência artificial e nanotecnologia terão aplicações cada vez mais complexas, inclusive na realização de trabalhos hoje realizados por humanos. Com ela, avanços da medicina e novos conceitos, como a biotecnologia, servirão para que as pessoas vivam mais. Porém, conforme relatório apresentado pelo Fórum Econômico Mundial, a Quarta Revolução Industrial terá como reflexo a eliminação de cinco milhões de empregos até 2021. No estudo, o Brasil figura entre as quinze nações que poderão ser mais atingidas. Entre as razões para o país figurar entre os mais suscetíveis a essas mudanças estão a baixa qualificação de sua mão de obra e o baixo nível de inovação de suas empresas. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNDU), o número médio de anos que um trabalhador brasileiro frequentava a escola passou de 2,6 para 7,2 entre 1980 e 2012, a segunda pior média entre os chamados BRICs, atrás apenas da Índia. Quanto à inovação, no Índice de Inovação Global 2016, da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, o país ocupa a 69º colocação, atrás de Chile, México e Uruguai. Porém, há ressalvas. O país é um dos que mais se destaca quanto ao surgimento de startups, particularmente fintechs (startups voltadas a serviços financeiros). Conforme estimativas do Fintechlab, no ano passado, 130 empresas do gênero mapeadas foram alvo de R$ 450 milhões em investimentos e metade delas possui faturamento superior a R$ 1 milhão. Nota-se que, para alguns, a tecnologia representa oportunidades e não ameaça. Cada vez mais, o mundo se tornará disruptivo. Para acompanhar essas mudanças e aproveitá-las ao invés de ser vítima do cenário, o profissional deve estar atento às tendências, preparar-se para elas e, desta forma, acompanhar as mudanças que estão por vir.

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