A crise econômica e seus impactos na área de recursos humanos

A crise econômica e seus impactos na área de recursos humanos

O longo período de recessão econômica brasileira lança novos desafios para os gestores de recursos humanos. Com seis quedas consecutivas do PIB e a perspectiva de que a reversão de tendência não ocorra no curto prazo, a ordem das empresas é aumentar a produtividade e reduzir custos. Produzir mais com menos recursos é questão de sobrevivência e, neste sentido, é preciso ser assertivo na alocação das funções e tomar decisões difíceis com quem permanece na organização e quem precisará sair.

A eficiência de uma organização está intimamente ligada ao seu patrimônio mais precioso: as pessoas. Assim, mesmo que seja necessário enxugar o quadro de colaboradores, o processo deve ser feito com todo o cuidado, pois talentos podem ser perdidos e a equipe desestimulada. O processo é desgastante não só para os que saem, mas também para o gestor e aqueles que ficam e precisam se desdobrar para cumprir as metas.

Para evitar problemas futuros diante das mudanças organizacionais, é necessário entender o papel de cada colaborador, buscar uma comunicação eficiente para a integração da equipe e desenvolver habilidades. Durante a reorganização interna talentos podem ser revelados e é preciso fomentar que as pessoas busquem assumir mais responsabilidades.

Ao mesmo tempo, cabe ao RH reduzir as incertezas que contaminam o clima organizacional e afetam o desempenho dos colaboradores. Isso é feito através de uma comunicação eficiente e clara sobre a situação financeira a ser enfrentada. A transparência reduz boatos e traz resultados positivos, já que transmite confiança de forma a engajar aqueles que ficam, sem comprometer a produtividade e o cumprimento das metas.

Em momentos de crise e redução de quadro, manter o engajamento da equipe que fica e um clima favorável são os principais desafios do gestor de RH. É essencial estar atento ao perfil da equipe e à adequação de seu papel. A comunicação deve demonstrar o quanto a empresa se preocupa com os colaboradores e que a reorganização visa a redução de perdas futuras e até mais demissões. O posicionamento transparente evita o desespero dos colaboradores e a perda de foco. 

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