Viés Cognitivo: na tomada de decisão na gestão estratégica

Viés Cognitivo: na tomada de decisão na gestão estratégica

Vimos bem como muitas startups passaram por uma desaceleração ou até mesmo foram eliminadas do mercado devido a decisões ruins de seus líderes carismáticos. E ainda assim a maioria delas foi reconhecida como brilhante. Então como explicar essas falhas? Uma das razões está no fato de que estamos sujeitos a vieses cognitivos e crenças que distorcem constantemente nosso julgamento ao tomar decisões. Isso pode ter consequências infelizes quando se trata de decisões estratégicas. Nós somos nossos piores inimigos! Uma das chaves para o sucesso de um gerente estrategista é superar esses vieses cognitivos. Isso envolve uma dose saudável de introspecção e pensamento crítico, qualidades importantes a serem consideradas pelos Recursos Humanos.

Aqui estão os seis vieses ligados à tomada de decisão estratégica.

1- O viés da certeza: Alguns gerentes estão convencidos de que detêm a verdade. Seguros de si mesmos, eles nunca questionam sua própria intuição. Eles se baseiam em paradigmas definidos para justificar suas decisões: 'Você precisa participar de exposições para ser visível, 'Sempre funcionou bem assim, não há necessidade de mudar', 'Os americanos não são exigentes com os preços', etc. Para combater esse viés, o gerente estrategista sempre pode se questionar, mesmo que isso signifique mudar de ideia se perceber que está no caminho errado. Seu lema é 'Eu sei que não sei'.

2- O viés do guru: Assim como nos tempos antigos, quando as pessoas iam ver um guru para consultar os deuses, alguns gerentes confiam cegamente em um especialista que supostamente sabe todas as respostas. No entanto, o especialista não é infalível e, ao mesmo tempo, também está tentando defender seus próprios interesses, que não estão necessariamente alinhados com os da empresa. O gerente estrategista certamente consultará especialistas, mas também demonstrará pensamento crítico ao incorporar suas recomendações como parte de uma visão global.

3- O viés das reuniões: Ao se deparar com um novo problema, alguns gestores tendem a sugerir imediatamente uma reunião para tomar uma decisão, como os Cavaleiros da Távola Redonda. O problema é que pode ser arriscado tomar uma decisão estratégica com base em uma única reunião, especialmente se não for despreparado. O gestor estrategista sabe que o pensamento individual é essencial. Estudos demonstraram o benefício do pensamento solitário sobre a geração de ideias em grupo. Steve Wozniak, cofundador da Apple, disse: "Não acredito que algo revolucionário tenha sido inventado por um comitê".

4- O viés da prontidão: Alguns gerentes ansiosos demais se sentem obrigados a tomar uma decisão rapidamente, às vezes sob pressão do funcionário. Embora essa forma de impulsividade possa ser justificada para uma decisão operacional, como escolher a cor de uma cadeira, é provável que leve a decisões estratégicas ruins. O gerente estrategista defenderá seu "direito à indecisão". Eles precisam ter um tempo de incubação para uma ideia. Eles preferem adiar a decisão se não encontraram a melhor solução porque ajuda a dormir sobre ela.

5- O viés da visão parcial: Erros estratégicos também podem ser cometidos por não levar em conta o quadro completo. Por exemplo, alguns gerentes podem se deixar levar por alguma informação nova que parece empolgante (identificar um novo mercado de rápido crescimento). O gerente estrategista aprende a abordar um assunto de todos os ângulos e demonstra pensamento crítico (estamos realmente qualificados para desenvolver esse mercado, quem é a concorrência, o investimento necessário, etc.?).

6- O viés da confirmação: Da mesma forma, esse viés afeta nossa percepção e raciocínio. Nosso cérebro nos empurra para tomar decisões e justificá-las para permanecermos consistentes com as escolhas que fizemos ou com nossas convicções. Por exemplo, se lançarmos um produto, certamente tenderemos a querer continuar nosso investimento mesmo quando os sinais não forem bons. O gerente estrategista, ao contrário, está sempre preparado para se questionar e demonstrar pensamento objetivo, mesmo que isso signifique voltar atrás em escolhas anteriores.

Um dos segredos de um gerente estrategista é, portanto, recuar e analisar as situações em que ele ou seus pares foram vítimas de vieses cognitivos. Isso permite que ele os combata a tempo. Por outro lado, embora a autoconfiança excessiva, uma tendência a ser muito confiante ou tomar decisões na hora possam parecer reconfortantes para alguns, isso provará ser contraproducente para a abordagem necessária na tomada de decisões estratégicas! Não há necessidade de pânico, o talento estrategista pode ser desenvolvido se demonstrarmos toda a humildade necessária.

 

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