O Gigantismo e a Importância das Cooperativas do Brasil
As maiores cooperativas brasileiras, muitas delas com faturamento na casa dos bilhões de reais, figuram frequentemente entre as maiores empresas do país e até do mundo em seus respectivos setores, como o agropecuário e o financeiro. Elas são pilares do desenvolvimento regional, especialmente em áreas onde a presença de grandes corporações é limitada, promovendo inclusão econômica e social.
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No setor agropecuário, que domina o ranking, nomes como Copersucar, Coamo, Aurora Alimentos, C.Vale, e Lar Cooperativa lideram em receita e volume de produção, com a Coamo, por exemplo, atendendo a mais de 31 mil produtores em diversos estados. No setor de crédito, sistemas como Sicredi e Sicoob possuem ativos que rivalizam com grandes instituições financeiras tradicionais, demonstrando a força do modelo cooperativo.
Abaixo, um panorama simplificado das 30 maiores (baseado em rankings recentes de receita, como Valor 1000 e Forbes Agro100):
- Agropecuário/Bioenergia: Copersucar, Coamo, Tereos, Aurora, C.Vale, Lar, Coopercitrus, Comigo, Copacol, Integrada, Frimesa, Frísia, Castrolanda, Coopavel, Coasul, Capal, Agrária, Copasul.
- Crédito/Financeiro: Central Nacional Unimed, Unimed Rio, Unimed BH, Sicredi, Sicoob.
- Outros segmentos: Embora o agro e o crédito dominem, há presença em saúde (como as Unimeds), transporte, infraestrutura e consumo.
A listagem exata das 30 pode variar anualmente com base na receita, mas as mencionadas consistentemente ocupam as primeiras posições.
Desafios do Setor Cooperativista
Apesar do sucesso, o setor enfrenta múltiplos desafios, que vão da gestão interna à conjuntura externa:
- Gestão Profissionalizada: Um dos principais desafios é a necessidade de conciliar os princípios cooperativistas (gestão democrática, participação econômica dos membros) com a eficiência e a competitividade do mercado. A falta de habilidades de gestão profissional entre os membros, em alguns casos, pode levar a ineficiências.
- Tecnologia e Inovação: Acompanhar o ritmo acelerado das inovações tecnológicas (agricultura de precisão, digitalização de serviços financeiros, e-commerce) exige investimentos vultosos e a capacitação contínua dos cooperados e colaboradores.Entre em contato com a JP&F Consultoria de recursos humanos & Recrutamento e Seleção Talentos, podemos ajudá-lo a construir uma equipe de alta performance!
- Dependência Climática e de Mercado (Agro): O setor agropecuário, majoritário, sofre diretamente com a volatilidade dos preços das commodities no mercado internacional e com eventos climáticos extremos, que afetam a produção e o faturamento.
- Regulamentação e Burocracia: O ambiente regulatório brasileiro, por vezes complexo e mutável, impõe desafios operacionais e de compliance às cooperativas, que precisam navegar entre legislações específicas e gerais.
- Intercooperação: Fortalecer a parceria entre diferentes cooperativas (intercooperação) para ganhar escala, otimizar recursos e aumentar o poder de negociação é um desafio constante, embora essencial para o crescimento do sistema.
Governança Cooperativa em Detalhe
A governança é o pilar central que permite às cooperativas enfrentarem esses desafios. Ela se baseia em princípios distintos da governança corporativa tradicional, focando na transparência, equidade, prestação de contas (accountability) e responsabilidade social.
Princípios e Práticas de Governança
- Gestão Democrática e Participação (o "Um membro, um voto"): Diferente de empresas de capital, onde o poder é proporcional às cotas, nas cooperativas cada membro tem direito a um voto, independentemente do volume de suas operações ou capital social. O desafio é garantir a participação efetiva de todos, evitando a apatia ou a dominação por grupos específicos.
- Transparência e Prestação de Contas: As cooperativas devem ser transparentes em suas operações, resultados e decisões. Assembleias Gerais, conselhos de administração e conselhos fiscais independentes são mecanismos-chave para a prestação de contas aos membros. O manual de boas práticas da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) orienta a implementação de políticas claras e acessíveis.
- Estrutura de Níveis: O sistema cooperativista brasileiro é estruturado em três níveis: cooperativas singulares (base), cooperativas centrais e confederações. Uma boa governança requer alinhamento e comunicação eficientes entre esses níveis, garantindo que os interesses da base sejam representados nas instâncias superiores.
- Profissionalização da Gestão vs. Controle dos Membros: Um ponto crítico é o equilíbrio entre a contratação de executivos profissionais, com remuneração de mercado e habilidades técnicas para gerir grandes volumes de negócios, e a manutenção do controle estratégico pelos membros eleitos para o Conselho de Administração.
- Planejamento Sucessório e Perenidade: A governança deve garantir a perenidade da cooperativa, através de planos de sucessão para a liderança (conselhos e diretoria executiva) e estratégias de longo prazo que superem as gestões individuais.
As diretrizes do Banco Central do Brasil para cooperativas de crédito e o Manual da OCB são referências importantes para a implementação de boas práticas de governança, visando a solidez e o crescimento sustentado do setor no cenário nacional e internacional.
As 30 maiores cooperativas do Brasil demonstram a força e a resiliência do modelo. Para manterem-se competitivas e sustentáveis, aprimorar a governança, investir em tecnologia e superar os desafios conjunturais são imperativos estratégicos. Na JPeF Consultoria, nos esforçamos para alinhar os objetivos de negócios da sua empresa com as melhores estratégias de Aquisição de Talentos disponíveis. Se quiser saber mais sobre os serviços que oferecemos, não hesite em entrar em contato conosco.de qualquer organização.