Governança corporativa, compliance e as empresas
Os recentes escândalos envolvendo importantes companhias brasileiras demonstram o que a falta de compliance e governança corporativa podem causar a imagem e resultados de corporações de todos os portes. Os dois conceitos devem fazer parte da cultura das empresas. Não adianta entender seu significado se os colaboradores não colocarem os princípios em prática.
O termo compliance tem origem no verbo inglês “to comply”, que significa agir de acordo com uma regra. Portanto, deduz-se que ter compliance é estar em conformidade com as leis e regulamentos externos e internos. Para cumprir à risca os padrões exigidos, é preciso que os colaboradores tenham pleno acesso e conhecimento das regras dentro da organização e das exigências da legislação do setor em que ela atua. Isso envolve diversas áreas, como a trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental e jurídica. Caso contrário, a empresa fica à mercê de problemas que levam a prejuízos e falta de credibilidade.
Outro importante conceito que transmite valor aos stakeholders de uma companhia é o de Governança Corporativa. Segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o termo designa “um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade”.
Para ter uma boa governança corporativa, a empresa precisa aprimorar seus processos e ampliar a prestação de contas aos acionistas, de forma a assegurar seu crescimento sustentável. Tal postura deve ir além do papel e estar arraigada em todos os níveis hierárquicos. Empresas de todos os portes devem colocar em prática estes princípios.
As duas visões, quando adotadas em conjunto, geram valor ao negócio e tornam as decisões empresariais mais assertivas, proporcionam maior segurança e evitam a ocorrência de problemas de imagem. Estar em conformidade com as leis e adotar os princípios de boa governança, portanto, cria maior competitividade diante de cenários desafiadores.
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