Coisas que Seu Recrutador Gostaria de Dizer Mas Não Pode

Coisas que Seu Recrutador Gostaria de Dizer Mas Não Pode

O processo de recrutamento e seleção é, por natureza, uma dança delicada. De um lado, o candidato esforça-se por apresentar a sua melhor versão, alinhando as suas competências com as exigências da vaga. Do outro, o recrutador, um profissional treinado para avaliar, filtrar e, finalmente, escolher o talento certo. No entanto, por detrás da fachada de profissionalismo e das perguntas padronizadas, existe uma série de verdades que o recrutador, por razões éticas, legais ou de política interna da empresa, não pode verbalizar.
 

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Conhecer estas "verdades não ditas" não só oferece uma vantagem competitiva ao candidato, como também lança luz sobre os desafios que moldam o mercado de trabalho atual, impulsionado pela inovação e pelas tendências emergentes. Este artigo desvenda cinco dessas mensagens silenciosas, transformando-as em conhecimento acionável para a sua próxima candidatura.
 
1. "O seu CV é demasiado longo e genérico."
Esta é, talvez, a frustração mais comum. Num mercado de trabalho cada vez mais digitalizado, o volume de candidaturas para uma única vaga pode ser avassalador. O recrutador, que lida com dezenas de processos em simultâneo, tem apenas alguns segundos para analisar o seu currículo.
O Desafio e a Inovação: O recrutador não pode pedir-lhe para ser conciso, mas a verdade é que um CV de três páginas, não adaptado à vaga, é um obstáculo. A inovação tecnológica, nomeadamente os sistemas ATS (Applicant Tracking Systems), são a primeira linha de defesa. Estes sistemas filtram candidatos com base em palavras-chave. O recrutador gostaria de dizer: "Adapte o seu CV para passar no meu filtro ATS e depois para me impressionar a mim."
O Benefício para o Candidato: A concisão e a personalização são os seus maiores aliados. Um CV de uma ou duas páginas, focado nas competências e experiências relevantes para a função específica, demonstra respeito pelo tempo do recrutador e a sua capacidade de síntese.
 
2. "Não se candidatou pelo motivo certo."
Muitos candidatos veem a mudança de emprego apenas como um meio para obter um aumento salarial ou fugir de um ambiente de trabalho tóxico. Embora estes sejam motivos válidos, o recrutador procura um alinhamento mais profundo.
O Mercado de Trabalho e as Tendências: A tendência do mercado de trabalho aponta para a procura de "cultural fit" e de "purpose-driven work". O recrutador não pode perguntar diretamente: "Está aqui apenas pelo dinheiro?", mas está a tentar avaliar o seu compromisso a longo prazo. Se a sua resposta à pergunta "Porque quer trabalhar connosco?" for genérica, o recrutador percebe que não fez a pesquisa necessária. Entre em contato com a JP&F Consultoria de recursos humanos & Recrutamento e Seleção Talentos, podemos ajudá-lo a construir uma equipe de alta performance!
 
O Benefício para o Candidato: Demonstre que entende a missão, os valores e os desafios atuais da empresa. Mostre como as suas ambições se alinham com o futuro da organização. Este é o benefício de se destacar da maioria: provar que a sua motivação é intrínseca e não apenas extrínseca.
 
3. "O seu follow-up é excessivo ou insuficiente."
A gestão da comunicação pós-entrevista é um campo minado. O recrutador está a gerir um processo complexo, com várias etapas e stakeholders. A sua agenda não é a única a ditar o ritmo.
O Desafio e as Tendências: O desafio é manter a cadência do processo sem sobrecarregar o candidato ou ser sobrecarregado por ele. O recrutador não pode dizer: "Espere exatamente 7 dias e depois envie um e-mail educado." A tendência é que a comunicação seja mais transparente, mas a realidade é que o silêncio nem sempre significa rejeição; muitas vezes significa apenas que o processo está lento.
O Benefício para o Candidato: Encontre o ponto de equilíbrio. Um e-mail de agradecimento após a entrevista é obrigatório. Um follow-up educado, uma semana após o prazo prometido, é aceitável. Qualquer coisa mais do que isso pode ser vista como impaciência ou falta de compreensão do processo.
 
4. "A sua presença digital/marca pessoal não está a ajudar."
A triagem de candidatos estende-se muito além do currículo. O recrutador, de forma discreta, irá investigar a sua pegada digital.
A Inovação e o Mercado de Trabalho: A inovação trouxe consigo o "social recruiting" e, em alguns casos, ferramentas de análise de sentimento baseadas em IA. O recrutador não pode dizer: "Vi a sua publicação controversa no Facebook e isso levantou uma bandeira vermelha." O que ele gostaria de dizer é: "A sua marca pessoal online deve ser consistente com o profissional que se apresenta na entrevista."
 
O Benefício para o Candidato: A sua presença digital é uma extensão do seu CV. Garanta que as suas redes profissionais (como o LinkedIn) estão atualizadas e que as suas redes pessoais não contêm conteúdo que possa ser mal interpretado. Numa época em que a transparência é uma tendência, a consistência entre o online e o offline é crucial.
 
5. "Não negociou o suficiente, ou negociou demasiado cedo."
A negociação salarial é um momento de tensão, mas é também onde o candidato pode maximizar os seus benefícios. O recrutador tem um orçamento e um limite, mas também tem margem de manobra.
O Mercado de Trabalho e os Benefícios: O recrutador não pode dizer: "Tenho mais 10% para lhe oferecer, mas só se pedir." O que ele gostaria de dizer é: "Conheça o seu valor de mercado e negocie o pacote total de benefícios, não apenas o salário base." O mercado de trabalho valoriza a capacidade de negociação, pois é um indicador de autoconfiança e de valorização profissional.
As Tendências: A tendência é que a negociação se concentre no pacote de compensação total, incluindo trabalho remoto flexível, desenvolvimento profissional, bónus e outros incentivos. Negociar apenas o salário base pode fazer com que perca outros benefícios valiosos.
 
O panorama do recrutamento está em constante evolução, impulsionado pela inovação tecnológica e pelas mudanças nas tendências sociais. Os desafios para os recrutadores são imensos, desde a escassez de talento qualificado até à gestão de expectativas numa força de trabalho que exige cada vez mais flexibilidade e propósito.
Ao entender as mensagens não ditas do seu recrutador, o candidato não só melhora as suas hipóteses de sucesso, como também se posiciona como um profissional que compreende a dinâmica complexa do mercado de trabalho. A chave é a empatia: ver o processo pela perspetiva do recrutador, antecipar as suas necessidades e apresentar soluções antes que ele precise de as pedir.
A próxima vez que se candidatar a uma vaga, lembre-se destas cinco verdades. Elas são o mapa para navegar com sucesso na nova era do recrutamento.  Na JPeF Consultoria, nos esforçamos para alinhar os objetivos de negócios da sua empresa com as melhores estratégias de Aquisição de Talentos disponíveis.  Se quiser saber mais sobre os serviços que oferecemos, não hesite em entrar em contato conosco.de qualquer organização.

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